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Nos últimos anos já recebi dezenas de ligações de supostos policiais me comunicando supostos acidentes e dizendo que meu o número estaria supostamente registrado no celular de um suposto desacordado (e o pior: quem teria que descrever o suposto desacordado era eu).
Sem falar, é claro, em outras dezenas de ligações no meio da madrugada, em que supostos filhos e sobrinhos gemiam, choravam e pediam socorro, enquanto esperavam que eu os chamasse pelo nome ou desse detalhes do nosso parentesco ou relação.
Ouvi centenas de casos semelhantes, incluindo o de uma mulher que, diante de um telefonema ameaçador, que exigia mundos e fundos para libertar seu marido supostamente sequestrado, respondeu e repetiu calmamente que eles lhe fariam um favor se matassem o infeliz. Isso, é claro, só porque a suposta vítima estava em férias e, naquele exato momento, cochilava no sofá, bem ali na sua frente.
Pois bem: depois de tudo isso, recebi uma tentativa de golpe diferente. Quer dizer, pelo menos eu ainda não havido sido abordada assim.
Depois da tradicional musiquinha das chamadas a cobrar, um sujeito se identifica e me explica tudo direitinho, de um fôlego só: "Boa tarde, meu nome é Edson, da Telefonica 15. A senhora ouviu o toque de chamada a cobrar, certo? Isso é para impedir que a nossa ligação seja ouvida por terceiros. Com quem eu falo?"
Gente, será que eu mereço?
Ou será que o meu número foi parar em alguma espécie de "mailing" do crime? Sim, porque isso já ficou mais incômodo e terrivelmente mais chato do que o telemarketing comum. Ou seja, aquele que só é criminoso na medida em que toma o meu tempo, torra a minha paciência e interrompe a minha linha de raciocício bem no meio de uma frase só para insistir em me vender produtos e serviços que eu não quero comprar. Coisa que, aliás, eu também não mereço.
Assim como não mereço ter que preencher uma completa ficha virtual para barrar ligações indesejáveis (por mais prático que isso possa parecer, será que esse pessoal nunca ouviu falar em golpes?).
24 agosto 2009
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