20 março 2009

QUANTO SERÁ QUE CUSTA O COMERCIAL?

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Este é o título do e-mail que o Haroldo, grande amigo da Pereira, encaminhou com os links dos filminhos que você vai ver abaixo.





Quanto custa, a Pereira nem imagina. Mas imediatamente começou a imaginar o que aconteceria se fosse aqui no Brasil, com o Barrichello, por exemplo:

• Além de não sair mais do mercadinho ou do posto, os dois primeiros clientes que entrassem teriam telefonado para vizinhos, amigos e parentes, para que eles viessem, também.
 
• Vendo o movimento, os passantes iriam aproveitar pra dar uma paradinha e conferir o que estava acontecendo.

• Muitos pediriam autógrafos, muitos outros quereriam tirar fotos com ele.

• A segurança da produção entraria em alerta.

• Em cinco minutos, vários já estariam reclamando de gente furando fila.

• Em cinco minutos e vinte segundos, a segurança da produção tentaria fazer um cordão de isolamento.

• Em seis minutos a confusão teria aumentado e alguns tentariam forçar passagem na base da porrada.

• Em seis minutos e um segundo, a segurança da produção estaria devolvendo as porradas.

• Em sete minutos, alguém teria a feliz idéia de arrancar pedacinhos do macacão do coitado.

• Em sete minutos e cinco segundos, outros estariam fazendo a mesma coisa.

• Em oito minutos a briga estaria armada e alguém chamaria a polícia, caso ela já não tivesse parado pra olhar.

• Em nove minutos a polícia pediria reforço.

• Em dez minutos os helicópteros da imprensa estariam sobrevoando o local, já que seus rádios ficam ligados na freqüência da polícia.

• Em onze minutos a multidão estaria reagindo aos policiais que, em doze ou treze minutos, estariam detonando bombas de efeito moral para tentar dissipar a turba ensandecida.

• A essas alturas, tudo estaria sendo transmitido ao vivo pela TV, sem que ninguém tivesse a mínima idéia sobre como tudo começou.

• Em catorze minutos os motolinks estariam chegando para tentar descobrir alguma coisa.

• Enquanto isso, os apresentadores estariam fazendo suposições: tudo começou com um assalto; não, foi uma tentativa de seqüestro relâmpago; não, foi briga por causa de gasolina adulterada... e dá-lhe de falar sobre a questão da gasolina adulterada, para que a cobertura não se transformasse numa simples narração de briga.

• Em quinze minutos, os motolinks ainda não teriam encontrado ninguém que soubesse da verdadeira história e já estariam começando a entrevistar vizinhos.

• Em 16 minutos, os vizinhos (que também não saberiam de nada) começariam a repetir as suposições que estariam ouvindo pelo rádio ou TV, ou então acrescentado outras: não, foi aquele funcionário demitido que veio pra se vingar; não, foi o marido ciumento da moça do caixa que veio pra bater nela... e dá-lhe de falar sobre a questão da violência contra a mulher, porque a questão da gasolina adulterada já teria cansado.

• Em 17 minutos as ambulâncias começariam a chegar para atender aos feridos.

• Em 18 minutos a área seria isolada e os desocupados da cidade já estariam se dirigindo ao local de ônibus ou automóvel.

• Em 19 minutos os primeiros desocupados chegariam e já começariam a dar suas opiniões para a imprensa.

• Em 20 minutos um dos primeiros da fila seria identificado dentro de uma ambulância e contaria a história, mas ninguém acreditaria nele.

• Em 21 minutos a produção teria conseguido tirar o piloto - semi-nú e com leves escoriações - pela porta dos fundos e evacuar o local.

• Em 22 minutos o marido ciumento da moça do caixa apareceria pra dizer que não tem nada a ver com isso e que já não bate nela desde que foi chamado na delegacia da mulher.

• Em 23 minutos a situação estaria mais ou menos controlada, com alguns presos, alguns feridos e ninguém que soubesse esclarecer o que havia acontecido.

• Em 24 minutos o pessoal do estabelecimento seria inquerido, mas todo mundo duvidaria da história. Especialmente os apresentadores de TV, que a essas alturas já teriam conseguido se convencer das próprias suposições.

• Em 25 minutos a paz seria reestabelecida e teria início uma investigação sobre o assunto.

• No dia seguinte, a polícia pediria as fitas das câmeras de segurança.

• Em poucos dias sairia o laudo e as imagens seriam transmitidas por todas as emissoras de TV.

Pronto. O comercial estaria feito. (Quase) sem filmagem, sem finalização, sem alterações do cliente, sem plano de mídia e sem nenhuma inserção paga. Que tal?

Bem, é preciso deixar claro que esta é uma obra de ficção, e que qualquer semelhança com fatos ou possibilidades reais terá sido mera coincidência.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que bosta !!!!