20 agosto 2007

Jogo dos 7 hematomas.


Manhã comum numa esquina comum, num bairro comum de São Paulo: aparentemente a foto não tem nada de especial. Apenas aparentemente, porque quando você reparar nos obstáculos de concreto que estão pertinho da guia, certamente vai mudar de idéia.

Meses atrás eles estavam uns 3 metros à esquerda, bem na frente da guia da rua mais calma. E a Pereira, que sempre procura atravessar nos lugares menos movimentados, acabou se estatelando sobre essa tampa redonda que você pode ver atrás do poste metálico. Foram semanas de hematomas de formato arredondado estampados pelo braço e pelo tronco -sem falar no esfolado da testa- mas ela sobreviveu. O que, sem dúvida, seria um tanto mais difícil agora.

Sim, porque agora os obstáculos mudaram de lugar e, como você vê, estão muito bem posicionados no meio da faixa de pedestres da outra rua. Ou seja, da que é movimentada de fato.

Portanto, de duas uma: ou as pessoas atravessam prestando atenção às motocicletas, automóveis, ônibus e caminhões que podem surgir a qualquer momento de trás da curva (acelerando, porque é uma subida) e, de repente, sair voando e dar de cara na calçada, ou pior: podem dar o primeiro passo para atravessar no sentido inverso e dar de cara no asfalto. Sem tempo sequer para pedir a Deus que o veículo que eventualmente apareça consiga frear.

Bem, diante disso tudo, é desnecessário elogiar o excelente estado de conservação da calçada, da faixa de pedestres etc e tal, porque isso também você já está vendo.

Será que só falta alguém reclamar?

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