26 junho 2007

Grandes implicâncias acerca de pequenas coisas (algumas nem tão pequenas assim):

- Pernas cruzadas no transporte coletivo urbano
(é isso mesmo: se for em trens ou ônibus de viagem pode cruzar as pernas à vontade que a Pereira não acha ruim).

- Mulher sentada no último banco do ônibus
(sabe aquele banco de 5 lugares que fica lá no fundo, encostado no vidro traseiro? Talvez nem Freud explique, mas a Pereira acha muito feio quando vê uma mulher sentada lá).

- Gente comendo na rua
(se a pessoa parar pra comer, tudo bem. Mas se ela continuar andando e mastigando, a Pereira implica e nem sabe explicar porque).

- Qualquer frase que comece com “veja bem”.

- Telemarketing pelo celular.
(se o telemarketing “normal” já enlouquece qualquer um, quando é pelo celular a Pereira sai do sério. Sobre abordagens telefônicas, tempos atrás circulou um texto ótimo pela Internet: a vingança do usuário.)

- Intervalo comercial igual ou maior que o bloco do programa.
(todos os canais fazem isso, mas quando é na TV a cabo a Pereira fica especialmente furiosa. Afinal, é uma programação que ela está pagando pra ver.)

- A novela das 9 ainda ser conhecida como novela das 8.

- Rojões, bombinhas, morteiros
e outros quetais barulhentos típicos desta época do ano.

- Motorista ou motociclista que acelera quando eu estou atravessando a rua
(oras, se o sinal está fechado pra ele e a gente está bem no meio da faixa, qual seria o motivo para acelerar, além de nos fazer pensar que o sinal abriu? Detesto isso.)

- Vendedor(a) que se aproxima perguntando se é pra mim ou pra presente.

- Gente que fala gerundês.
(essa história de “não vai estar tendo”, “pra que possamos estar encaminhando” e outros quetaisandos já deu o que tinha que dar há mais de 5 anos. De lá pra cá, se não falar português claro a Pereira simplesmente faz de conta que não entende. E, por falar nisso, você já leu os manifestos contra o gerundismo do Ricardo Freire? Então esteja clicando no link e lendo, porque você não pode estar perdendo!)

- Vendedor(a) que já chega perguntando qual é o meu nome.

- Barriga de fora numa cidade como São Paulo, em pleno dia de semana.
(é, a coisa tá feia! Rararará!)

- Gente que tem mania de cumprimentar com “bom dia” só porque já passou da meia-noite.
(bom dia por que?)

- Complicação verbal (ou escrita) desnecessária.
(a Pereira prefere trocar em miúdos para que todos entendam tim-tim por tim-tim).

- Emprego de palavras injustificada e desnecessariamente adaptadas de outras línguas.
(Eu não sou radical como os portugueses, para quem o mouse é rato, o site é sítio e por aí vai. Mas veja o caso da palavra “customizar”, por exemplo. O que explica essa necessidade de customizar, se no Brasil a personalização não é nenhuma novidade? Por mais chique que seja, a Pereira prefere deixar as coisas do jeito dela em português bem claro, pra não dar nó na língua e nem na cabeça de ninguém).

Por hoje é só, mas aposto que amanhã vou me lembrar de outras.

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